📰 Generais e almirante são presos pela primeira vez no Brasil por acusação de tentativa de golpe
Nesta terça-feira, 26 de novembro de 2025, o ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão imediata de três generais e um almirante condenados no âmbito da trama golpista de 2022-2023. Pela primeira vez na história brasileira, oficiais-generais da ativa ou da reserva são encarcerados sob a acusação de tentativa de golpe de Estado.
Os condenados entre eles nomes de peso como os ex-ministros Augusto Heleno e Walter Braga Netto foram transferidos para unidades militares em Brasília e no Rio de Janeiro. As penas variam de 14 a 27 anos em regime fechado, com o ministro também oficiando o Superior Tribunal Militar (STM) para abertura de processo de perda de patente.
A decisão marca um precedente inédito no país: nunca antes oficiais de quatro estrelas haviam sido presos por suposta conspiração contra o governo eleito. A defesa dos militares alega violação sistemática do direito de defesa, falta de imparcialidade no julgamento e planeja recursos à Corte Interamericana de Direitos Humanos.
“Vemos que o processo está terminando como começou: com a violação sistemática ao direito de defesa”, declarou José Luis Oliveira, advogado de Braga Netto. “Reafirmamos a absoluta convicção na inocência do general Augusto Heleno e vamos insistir na anulação do processo”, afirmou Matheus Milanez, defensor de Heleno.
O caso expõe a gravidade da crise institucional vivida pelo Brasil nos últimos anos e levanta preocupações sobre os rumos que o país está tomando. De um lado, a condenação é vista por alguns como necessária para proteger a democracia; de outro, por muitos, como um sinal de ruptura com tradições jurídicas e militares que sempre prevaleceram na República.
A prisão de generais da reserva figuras que ocuparam os mais altos cargos de confiança do Estado alimenta um debate inquietante: até que ponto o Brasil está preparado para lidar com divisões tão profundas sem comprometer a estabilidade institucional e o respeito às Forças Armadas como instituição permanente do Estado?
Enquanto recursos ainda tramitam e o STM analisa a perda de patentes, o país assiste, preocupado, a um capítulo sem precedentes em sua história democrática.
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