
Imagine oferecer apoio político em troca de dinheiro e achar que ninguém iria notar. Pois foi exatamente isso que levou o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) a tornar Pablo Marçal, ex-candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB, inelegível por oito anos. A decisão, anunciada nesta sexta-feira (21), sacode o cenário político e levanta uma questão: até onde vale ir por uma campanha?
O Veredicto
O veredicto veio após um processo movido pelo PSOL, partido de Guilherme Boulos, rival de Marçal na disputa. O juiz Antonio Maria Patiño Zorz, responsável pela sentença, apontou abuso de poder econômico como o motivo central da punição. Tudo começou com uma estratégia inusitada: Marçal oferecia vídeos de apoio a candidatos a vereador de partidos de direita, com uma condição – cada um precisava doar R$ 5 mil via Pix para sua campanha.
A Prova em Destaque
No despacho, o magistrado não deixou dúvidas:
Centralizado no texto, o juiz escreveu: “Ficou demonstrado que o réu Pablo Marçal ofereceu apoio político por meio de vídeo para impulsionar campanha eleitoral de candidatos a vereador (que não estivessem em partidos de esquerda) em troca de doação do valor de 5.000 reais para sua campanha eleitoral.”
O Impacto da Decisão
A Justiça confirmou que essas transações ocorreram e viu nisso uma clara violação das regras eleitorais. Afinal, usar dinheiro para “comprar” apoio político não é apenas antiético – é ilegal. Com isso, Marçal está fora do jogo político até 2033, um duro golpe para quem buscava se firmar como uma nova voz na política paulistana.
Um Alerta ao Futuro
O caso deixa um alerta: em tempos de campanhas cada vez mais caras e criativas, onde está o limite entre estratégia e transgressão? Para Marçal, a resposta veio em forma de inelegibilidade. E para o eleitor, fica o convite à reflexão: como garantir que as eleições sejam um espaço de ideias, não de negociatas?
Equipe Elienai News – Compromisso com a Verdade!
