
Autoextermínio: O Que Está Acontecendo em Goianésia?
Nos últimos dias, a cidade de Goianésia tem sido palco de uma triste realidade que chama atenção para um problema silencioso, mas alarmante: o aumento de casos de suicídio e autoextermínio. Esses eventos têm deixado marcas profundas na comunidade, gerando dor, reflexão e um questionamento urgente: o que está levando tantas pessoas a tomarem atitudes tão drásticas?
O tema é delicado, mas necessário. Precisamos falar sobre isso. Precisamos entender o que leva alguém a sentir que não há mais saída e como podemos ajudar essas pessoas antes que seja tarde demais.

Por Que Isso Está Acontecendo?
Os motivos que levam uma pessoa ao suicídio são complexos e multifacetados. Podem incluir:
- Problemas emocionais e psicológicos: Depressão, ansiedade, transtornos mentais não tratados ou mal diagnosticados podem ser gatilhos poderosos.
- Solidão e isolamento social: A falta de conexão com outras pessoas pode fazer com que alguém se sinta invisível ou sem propósito.
- Pressão financeira ou profissional: Dívidas, desemprego ou dificuldades econômicas podem sobrecarregar mentalmente uma pessoa.
- Relacionamentos conturbados: Conflitos familiares, amorosos ou interpessoais podem gerar sentimentos de rejeição ou fracasso.
- Traumas não resolvidos: Experiências dolorosas do passado, como abuso, perda ou bullying, podem ressurgir de maneira avassaladora.
Em Goianésia, como em muitas outras cidades, esses fatores podem estar convergindo em meio a uma sociedade que ainda luta para lidar abertamente com questões de saúde mental.
Quais São os Sinais de Alerta?

Nem sempre é fácil identificar quando alguém está pensando em suicídio, mas existem sinais que podem indicar que a pessoa precisa de ajuda:
- Mudanças comportamentais: Isolamento social, desinteresse por atividades que antes eram prazerosas, queda no desempenho escolar ou profissional.
- Declarações verbais: Frases como “Eu não aguento mais”, “Minha vida não tem sentido” ou “Todos ficariam melhor sem mim” devem ser levadas a sério.
- Comportamentos impulsivos ou autodestrutivos: Uso excessivo de álcool ou drogas, direção perigosa, automutilação.
- Preparativos incomuns: Doar pertences, escrever cartas de despedida ou falar sobre planos após a morte.
É importante lembrar que esses sinais não significam necessariamente que a pessoa vai tentar tirar a própria vida, mas sim que ela está pedindo ajuda – mesmo que indiretamente.
Como Ajudar Alguém em Risco?
Se você perceber que alguém próximo está apresentando sinais de sofrimento emocional, aqui estão algumas formas de oferecer apoio:
- Escute sem julgar: Muitas vezes, a pessoa só precisa desabafar. Ouça com paciência e empatia, sem minimizar seus sentimentos.
- Ofereça suporte prático: Ajude-a a procurar ajuda profissional, marque consultas ou acompanhe-a a encontros médicos.
- Incentive atividades positivas: Convide-a para caminhar, praticar esportes ou participar de eventos sociais. Mesmo que ela recuse inicialmente, continue tentando.
- Fale abertamente sobre o assunto: Perguntar diretamente “Você está pensando em suicídio?” não aumenta o risco. Pelo contrário, mostra que você se importa e está disposto(a) a enfrentar o problema junto com ela.
- Não prometa segredo: Se a situação for grave, busque ajuda especializada imediatamente, mesmo que a pessoa peça para não contar a ninguém.
Onde Pedir Ajuda?
Se você ou alguém que conhece está enfrentando dificuldades emocionais, saiba que há recursos disponíveis para auxiliar nesse momento difícil:
- Centro de Valorização da Vida (CVV): Atendimento gratuito e confidencial 24 horas por dia pelo telefone 188 ou pelo site www.cvv.org.br.
- Profissionais de saúde mental: Psicólogos, psiquiatras e terapeutas podem fornecer suporte qualificado. Procure clínicas ou postos de saúde locais.
- Rede de Apoio Comunitária: Igrejas, grupos de amigos e familiares podem ser aliados importantes durante crises emocionais.
Lembre-se: pedir ajuda não é sinal de fraqueza, mas sim de coragem.
Uma Reflexão Coletiva
Os recentes casos de autoextermínio em Goianésia nos convidam a refletir sobre nossa responsabilidade enquanto sociedade. Quantas dessas vidas poderiam ter sido salvas se houvesse mais diálogo, menos estigma em torno da saúde mental e maior acesso a serviços de apoio?
Precisamos criar um ambiente onde as pessoas se sintam acolhidas e compreendidas. Falar sobre emoções, compartilhar vulnerabilidades e buscar ajuda deve ser normalizado. Cada um de nós pode fazer a diferença simplesmente estando presente, escutando e oferecendo uma mão amiga.
Mensagem
A vida é preciosa, mas também frágil. Ninguém precisa enfrentar suas batalhas sozinho. Se você está lutando contra pensamentos negativos ou conhece alguém que esteja, lembre-se: há esperança. Há saída. E há pessoas dispostas a ajudar.
Juntos, podemos transformar essa triste realidade em um movimento de cuidado, compaixão e prevenção. Porque salvar uma vida começa com um gesto simples: perguntar “Como você está?” e realmente querer saber a resposta.
Se precisar conversar, ligue para o CVV (188). Você não está sozinho.
Equipe Elienai News – Compromisso com a verdade e com a vida. ❤️
