
Sabe, tem algo que me incomoda profundamente quando penso no rumo que a sociedade tem tomado. Não é só sobre política, ou sobre quem está certo ou errado, mas sobre o que acontece com a gente quando deixamos o extremismo tomar conta. A verdade é que, em tudo na vida, o equilíbrio é essencial. Sem ele, as coisas desmoronam. E isso vale para qualquer área, mas especialmente para a política, onde as consequências de perder esse equilíbrio podem ser devastadoras.
Nos últimos dias, um episódio me fez refletir bastante sobre isso. A morte de Charlie Kirk nos Estados Unidos não foi só uma tragédia pessoal para sua família e amigos, mas também um espelho do que o extremismo pode fazer com a nossa humanidade. O que mais me chocou não foi a perda em si, mas a reação de algumas pessoas. Ao invés de lamentarem ou ao menos respeitarem o luto de quem o amava, muitos celebraram sua morte, simplesmente porque não concordavam com suas ideias. E isso me fez pensar: em que momento perdemos a capacidade de discordar sem desumanizar o outro?
Charlie não era alguém que vivia espalhando ódio ou fomentando conflitos. Ele era um pai, um cristão, alguém que acreditava no poder do diálogo para construir pontes entre pessoas que pensam diferente. E mesmo assim, sua morte foi recebida com desprezo por alguns. Isso diz muito sobre o estado das coisas. Quando a gente não consegue sustentar um argumento ou ouvir o outro, parece que o caminho mais fácil é partir para a agressividade e isso é muito perigoso.
A política deveria ser um espaço para trocar ideias, para debater com respeito, para aprender com as diferenças. Mas quando o extremismo entra em cena, tudo isso se perde. Não importa se você é de direita ou de esquerda; quando o ódio toma conta, ninguém ganha. É como tentar apagar fogo com gasolina. E aí eu me pergunto: será que estamos mesmo dispostos a abrir mão da convivência humana por causa de ideologias?
Eu sei que é difícil ouvir alguém com quem você discorda profundamente. Às vezes, parece que o outro está tão longe da nossa visão de mundo que fica impossível encontrar um ponto de conexão. Mas sabe o que ajuda? Olhar para a pessoa antes de olhar para as ideias dela. Lembrar que ali tem alguém com uma história, com medos e sonhos, assim como você. Quando a gente faz isso, fica mais fácil conversar sem transformar tudo em guerra.
E é disso que precisamos: diálogo. Um diálogo verdadeiro, aquele em que você escuta tanto quanto fala. Não é sobre convencer o outro ou sair vencedor de uma discussão; é sobre construir algo juntos, mesmo que seja apenas um entendimento mútuo de que podemos coexistir com nossas diferenças.
Eu sei que nem sempre é fácil manter esse equilíbrio. A gente vive em um mundo cheio de injustiças e desafios, e às vezes dá vontade de gritar e lutar com todas as forças pelo que acreditamos. E tudo bem sentir isso; é humano. Porque no fim das contas, não são as ideias ou os argumentos que devem ser destruídos muito menos as pessoas. O que deve prevalecer é a vida, o respeito e a busca por um futuro onde todos possam viver juntos.
Então, meu convite é simples: seja qual for sua posição política ou suas convicções, escolha o caminho do diálogo. Escolha as palavras ao invés do ódio. Porque no final das contas, é isso que nos mantém humanos: a capacidade de ouvir, aprender e crescer juntos.
Edgar Elias dos Santos.
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