
📰 Defesa de Isabella Freire Busca Desclassificação para Infanticídio em Caso Chocante de Anápolis
Um dos casos mais impactantes da história recente de Anápolis está próximo de um júri popular. Isabella Freire, de 28 anos, ex-estudante de farmácia que responde em liberdade, enfrentará julgamento por homicídio qualificado e ocultação de cadáver após abandonar e atear fogo no corpo de seu recém-nascido em um terreno baldio, em maio de 2021. A tragédia, que chocou a região, envolveu a jovem escondendo a gravidez, tentando abortar sem sucesso e rejeitando o bebê, que morreu por asfixia antes de ser carbonizado.
A defesa de Isabella argumenta que ela agia sob estado puerperal – um quadro de desequilíbrio emocional pós-parto – e luta pela desclassificação do crime para infanticídio, que prevê pena máxima de 6 anos. No entanto, em decisão unânime da 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em agosto de 2025, os ministros rejeitaram o pedido, entendendo que a análise das provas cabe ao Tribunal do Júri. Com isso, após embargos de declaração, o processo retorna ao Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) e à 1ª Vara Criminal de Anápolis para marcar o julgamento.
O Ministério Público de Goiás (MPGO) sustenta que as ações de Isabella demonstram frieza e planejamento: ela escondeu a gestação do namorado, Matheus Oliveira (provável pai), dirigiu até o Residencial das Cerejeiras, enrolou o bebê em um cobertor dentro de uma caixa e o abandonou no lote de seu irmão, que mora no exterior. Após o crime, a jovem foi ao shopping “comemorar” o Dia das Mães, segundo investigações. O inquérito do Grupo de Investigações de Homicídios (GIH) concluiu que o bebê morreu por asfixia, descartando infanticídio por ausência de influência puerperal, já que ela tentou abortar duas vezes com remédios durante a gravidez.
O caso ganhou repercussão internacional em 2021, com o corpo do bebê descoberto após ser arrastado por um cachorro para a rua, ainda com a pulseirinha da Santa Casa de Anápolis. Isabella foi presa em flagrante, solta por habeas corpus antes do Natal de 2021 e absolvida inicialmente de ocultação de cadáver, mas o processo principal prossegue em segredo de justiça. Especialistas ouvidos pelo Portal 6 destacam que convencer os jurados será desafiador para a defesa, dada a premeditação aparente.
A decisão do STJ representa um revés, mas abre espaço para debate no júri sobre o estado mental da acusada. O caso reforça debates sobre saúde mental materna e apoio a gestantes vulneráveis em Anápolis, Goianésia e cidades vizinhas do interior goiano.
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