
O Ministério da Agricultura da China anunciou na quinta-feira (23) um veto total à importação de todos os produtos derivados de aves brasileiros, incluindo carne fresca, congelada e processada, além de ovos e sêmen aviário. A decisão foi motivada por uma doença aviária detectada em unidades produtoras no Rio Grande do Sul, colocando o Brasil sob restrições sanitárias internacionais.
A medida afeta diretamente exportadores brasileiros, que têm na China um dos principais destinos para seus produtos. Segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o país asiático foi responsável por 28% das exportações brasileiras de carne de frango em 2024, somando mais de US$ 1,2 bilhão em vendas.
Apesar do foco estar no sul do país, o veto é nacional, abrangendo todas as empresas registradas no Mapa (Ministério da Agriculta, Pecuária e Abastecimento). O governo brasileiro já iniciou conversas técnicas com autoridades chinesas para reverter a decisão.
| “Estamos trabalhando com transparência e rigor sanitário para normalizar as relações comerciais“, afirmou o ministro da Agriculta, Carlos Fávaro, em nota oficial.
Produtores em Goiás, estado que figura entre os maiores produtores de proteína aviária do Brasil, monitoram de perto o desdobramento. Goiás liderou as exportações de carne de frango no primeiro trimestre de 2025, segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Goiás, com forte presença nos mercados do Oriente Médio e Ásia.
O setor agropecuário local manifesta preocupação, mas mantém cautela diante da possibilidade de diálogo técnico com o parceiro comercial. “Esse tipo de barreira sanitária pode ser temporária se houver cooperação entre os países”, disse João Batista Borges, presidente da GoiásAvi, associação que reúne produtores estaduais.
A expectativa é de que a situação seja resolvida nas próximas semanas, evitando impactos prolongados na economia brasileira e goiana.
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